e do que fingimos não saber.
Já sabemos de tudo, já andamos por essas ruas antes, já falamos essas falas puídas.
Já fingimos normalidade, já passeamos entre o tormento e a serenidade, já estivemos em dúvida sobre qual margem escolher.
Já isso e já aquilo, nesse pequeno desastre, lendo e relendo os indícios, repassando os porquês e quandos.
Já deixamos para depois, que teima em chegar mais rápido que o agora.
Já corremos pros abraços, corremos para longe e acabamos estancados no meio do caminho, onde tinha uma pedra, no meio do caminho, tinha uma pedra.
Apelamos até para a botânica, ah apelamos sim.
Já chamamos nosso nome pelo quarto, pela casa, pelas ruas do mundo.
Já tentei desenrolar tuas palavras e me enrolei.
Já fomos tudo, até hiperbólicos, metafóricos, poéticos, dramaturgos, egoístas, personagens, antagonistas: antes fôssemos herméticos.
Agora fale bem baixo, pois posso ouvir você de longe, falando dentro da minha cabeça.
Vou servir um chá para um.
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