De que adianta todas essas grades, muros altos, todos esses artefatos que nos dão um falso senso de segurança?
De que adianta correr e gritar?
De que adianta tudo isso se nada podemos fazer quando temos um revólver apontado para nossas cabeças e um bandido com os bolsos e o estômago vazio mas a mente cheia de crack e revolta gritado com você?
Ainda precisamos descobrir como é bom andar pelas ruas com liberdade, a real liberdade de ir e vir sem medo.
O mais revoltante é que pagamos impostos para supostamente ter direito à segurança.
A quem reclamar? "É melhor ficar caladinha madame, se não eu te dou um tiro".
É em dias como esse que fazemos uma poesia bruta, realismo sem lirismo, com um pingo de revolta e outro de medo.
Uma poesia de página policial.
E por vezes, de registro de óbito.
A gente quer comida, diversão, arte e segurança.
No terceiro mundo, é pedir demais.
4 comentários:
Fui assaltado na véspera de natal. Descrevendo o relato a um policial que fazia a ronda pelo local dez minutos depois do ocorrido, me senti um preconceituoso ao dizer que se tratava de dois elementos, negros, magros, altos, de camisa regata e short de surf. Me apontaram uma arma enferrujada - tive medo de morrer de tétano. Gritando, me ameaçando, conseguram extrair de mim algum dinheiro e meu celular mais moderno. Só não entendo por que não levaram as sacolas de presentes do Boticário. FEDORENTOS!
Vanessa, minha querida amiga, espero que o artigo que estou lhe mandando te traga algum esclarecimento, pois os paliativos já não bastam.
Beijos.
http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/05/chega-de-impunidade.html
Lembre-se sempre. JAMAIS REAJA. Nunca. Se possível, trate o meliante com o máximo de cordialidade para que ele não se irrite e volte sempre
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