Terminou a faculdade. Arrumou um emprego. Comprou um carro e todas essas coisas pequenas que nos fazem parecer grande. Via tv aberta, ia a igreja pro culto de domingo, dava gorjeta, dava bom dia, dava dinheiro no sinal, dava sim senhor pro chefe.
Pagava INSS. Lia Veja. Tinha seguro veicular. Não se atrasava para o emprego e estava sempre com camisa passada.
Nunca andou numa linha torta. Nunca esbravejou. Nunca foi além - não sabia que existia a possibilidade.
Acordava cedo, dormia cedo e ia morrendo por dentro, assim, cedo.
Sem saber.
Um comentário:
eu já acho que somos o que sentimos e que não existe fórmula. nem para a morte.
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