e todos os poetas já citaram e cantaram o tardio.
O que eu, prolixo, posso te explicar, então?
Faz um café para um.
É tarde, começou a chover e você não pode sair.
Olha a chuva da janela. Não é bonito?
Chove aqui dentro. Inunda as veias.
É tarde, no horário,
no calendário.
Não vê essas rugas?
O voo não vai chegar. Na nova regra não tem acento.
Não tem assento.
Senta, é tarde demais.
Sinta, é tarde demais.
É tarde e tá escuro.
Mas precisa ser claro demais.
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