14.9.06

conversa com verso

Entretanto e todavia,
entrevia tanto.
Entre todos, tanto via
entanto,
entre tanto tantos
via tanto...todavia.


Só sei
só se
sós
só.

PARANÓIA
PÁRA NÓIA
PARANO IA
PARA O
NÓ IA
PARAR
NO
IA.
(parar nao ia, também?)


Desconstrua-se. Reconstrua-se. Construa-se, nobre amigo.

11.9.06

















Aqui jaz a modernidade, e o zum-zum-zum das máquinas.
Da porta para dentro, jaz a beleza, a tristeza, e a riqueza, numa tríade controversa.
Passando as grades enferrujadas pelo tempo, jaz o ser humano, a claridade e a vaidade de tempos mais amenos.
Jaz vida, anos mais fartos de cor, que foram sepultados pelo lodo que toma conta de tudo, pelo esquecimento e pelo abandono.
Ouve-se nitidamente o bater das portas, o barulho do portão enferrujado e de correntes que fecham algum segredo. Apenas nisto a casa toma vida, nestes barulhos noturnos e indecifráveis.
Depois da entrada tudo é preto e branco. Tudo é passado. Tudo é poeira e mofo. Nos jardins, hoje repleto de folhas secas e mal cuidadas, estão enterradas lembranças. Vultos espreitam pelas janelas, parecem tomar conta de um castelo precioso. Quem são eles?
A imagem é convidativa para a imaginação. Bom apetite.

FOOD FOR THOUGHT

Although you may not stumble across a Martian in the garden, you might stumble across yourself. The day that happens, you´ll probably also scream a
little.And that will be perfectly allright because it´s not every day you realise you are a living planet dweller on a little island in the universe. (Jostein
Gaarder- The Solitaire Mystery)