20.9.07

é na mono que se descobrem múltiplas grafiopensamentos

(ABRE ASPAS)
Bordo (1977, p.19) assinala que a cultura inscreve seus sinais nos corpos, neles se estabelecendo; o corpo é, então, um texto da cultura e também um lugar de controle social. Haraway (1991, p1) emprega o termo cyborg para definir o corpo modelado após a Segunda Guerra como uma entidade híbrida, pós-gênero, pós-moderna, ergonomicamente controlada, parte humana e parte fruto da sociedade high tech, constituída ainda pelos textos e sistemas de comunicação, a ficção e a realidade social. Em outras palavras, o sujeito cindido pós-moderno é, para Haraway (1994,p262), um cyborg, “um tipo de eu desmontado e remontado”, que questiona as totalidades modernas e incorpora, a seu favor, o rompimento de barreiras.
(FECHA ASPAS).
(CALDAS-COULTHARD, 2005, p.19-20)

17.9.07

"Embriagai-vos"

"É necessário estar sempre bêbado. Tudo se resume a isso, eis o único problema. Para não sentir o fardo horrível do tempo, que abate e faz pender a terra, é preciso que nos embriaguemos sem cessar. Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, como achar melhor. Contanto que nos embriaguemos.

E se, algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do nosso quarto, você despertar com a embriaguez já atenuada ou desaparecida , pergunta ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunta-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder.- É a hora da embriaguez!

Para não ser martirizado pelo tempo, embriaga-te. Embriaga-te sem tréguas.De vinho, de poesia, ou de virtude, como achar melhor".

- Baudelaire

10.9.07

um brado à exclamação

Mas vamos abrir uma pausa nestas linhas. Antes da história da Amelie desviada do caminho, existe a história de uma exclamação que queria dar uma de doidona. Resolveu entrar para o grupo do green.peace e descobriu que seus pensamentos podiam voar do papel e ganhar novos degradês. Daí, ele foi descobrindo que os degradês podem ser bregas, que dia de chuva se anda de tênis, e que fonte serifada não é boa em textos curtos. Eita pontuação louca, a da vida da exlamação, que acabou descobrindo tanta coisa, que a gramática não era o bastante. Desceu a prateleira e resolveu virar um caractere. Achava legal a designação: Caractere. Dava status. Sendo "caractere exclamação", nosso protagonista foi jogado no hiper espaço. E aí menino, você não sabe. Foi tanto nome em "ingrêis" que o caractere hoje virou hipertexto e daí pro hype foi um pulo. A exclamação hoje, algumas vezes vira um mutante e se recolhe aos três pontos.O engraçado é que eu sempre a vejo entre aspas e COM CAPSLOCK.

5.9.07

chove chuva, chove! mas chove sem parar...

"Passei a vida inteira atrás de uma chuva e quando encontro ela, encontro ele."Ela pensou."Passei a vida inteira atrás de um motivo para querer e quando encontro ele, encontro ela"Pensou ele. " (autor desconhecido)

:. para não se perder por aí, posto aqui!

4.9.07

invisível aos olhos: é o essencial

Sala de estar, setembro de um ano bom.

Meu caro amigo, vim te agradecer. Fugimos às normas, do português e da vida, e alguém escorregou nas normas dos sentimentos. Mesmo assim quero te dizer obrigado, quero deixar isso gravado em meu enredo idiossincraticamente singular.
Obrigado por ler meus textos, meus choros, minhas alegrias.
Na verdade, obrigado por ler minha alma e descobrir que ela é azul, como eu sempre achei que fosse.
Um beijo de borboleta, literalmente.

1.9.07

dois dedinhos de café

Um café com leite, por gentileza. Ah, você também quer? Então senta aqui, e vamos conversar um pouco. Açúcar? Ih, o açúcar acabou, mas tá docinho. Sobre a vida, você me pergunta? Hm. sobre a vida...é, talvez eu já tenha parado pra pensar em muitas metáforas para falar sobre isso. Porque metáforas? Talvez porque eu não saiba falar de outra forma.O café tá muito quente, não tá? Sim, voltando à vida. Gosto de azul. De tons de violeta.Campo? É, pode até ser, mas também adoro praia. Caetano é massa pra cuca ficar odara. Ah, já? Tudo bem. Não, não, fica tranqüilo que o café foi por conta da casa.

FOOD FOR THOUGHT

Although you may not stumble across a Martian in the garden, you might stumble across yourself. The day that happens, you´ll probably also scream a
little.And that will be perfectly allright because it´s not every day you realise you are a living planet dweller on a little island in the universe. (Jostein
Gaarder- The Solitaire Mystery)