(ABRE ASPAS)
Bordo (1977, p.19) assinala que a cultura inscreve seus sinais nos corpos, neles se estabelecendo; o corpo é, então, um texto da cultura e também um lugar de controle social. Haraway (1991, p1) emprega o termo cyborg para definir o corpo modelado após a Segunda Guerra como uma entidade híbrida, pós-gênero, pós-moderna, ergonomicamente controlada, parte humana e parte fruto da sociedade high tech, constituída ainda pelos textos e sistemas de comunicação, a ficção e a realidade social. Em outras palavras, o sujeito cindido pós-moderno é, para Haraway (1994,p262), um cyborg, “um tipo de eu desmontado e remontado”, que questiona as totalidades modernas e incorpora, a seu favor, o rompimento de barreiras.
(FECHA ASPAS).
(CALDAS-COULTHARD, 2005, p.19-20)