22.11.09

Você me lê de uma forma bem literal.

E então eu escrevo.
Faço isso desde que aprendi, mais ou menos aos 4.
Desde então, escrever virou meu escudo protetor. Eu discutia com minha irmã mais nova, e escrevia uma cartinha para ela. Sentia saudade da mais velha que morava fora, escrevia.
Eu escrevia na escola, escrevia para pedir desculpas a minha mãe por alguma bobagem pueril, eu escrevia na parede de casa.
Depois de um tempo, eu escrevia minhas descobertas, minhas cobertas e encobertas.
Eu escrevia nas entrelinhas para voce (s) nao entender (em).
Escrever encobria minha timidez excessiva. Eu nunca fui boa em falar, em botar pra fora.

Mas na verdade 'e uma grande bobagem pensar que escrever nas entrelinhas disfarça a verdade gritante.
Escrever nos deixa nus.
E sempre vai ter alguem que vai entender a mensagem.
Embora nua,
eu ainda conto verdades dessa minha forma.
Eu escrevo.

Um comentário:

Maria Tereza Falcão disse...

É... concordo contigo.
Escrevendo a gente acaba deixando o branco mais bonito!
Beijoooo
;]

FOOD FOR THOUGHT

Although you may not stumble across a Martian in the garden, you might stumble across yourself. The day that happens, you´ll probably also scream a
little.And that will be perfectly allright because it´s not every day you realise you are a living planet dweller on a little island in the universe. (Jostein
Gaarder- The Solitaire Mystery)